A História das Coisas- Annie Leonard



Meu livro de cabeceira neste momento é o "A história das Coisas", um livro perturbador no melhor dos sentidos, escrito pela cientista ambiental Annie Leonard que, por duas décadas, rastreou o tráfico internacional do lixo. Trabalhou com o Greenpeace e a Global Alliance for Incineration Alternatives e hoje dirige um projeto de mesmo nome do livro. Não farei uma resenha do livro, pois seria impossível. Cada capítulo contém inúmeras informações, desde o caminho percorrido até que uma simples camiseta branca seja comprada por nós até o vazamento do gás metil isocianato em 8 de dezembro de 1984 em Bhopal, na Índia, onde mais de 8 mil pessoas morreram naquela noite sem entender o que estava ocorrendo. Na internet há fotos deste episódio. Nem preciso dizer que a multinacional americana responsável pelo "acidente", entre aspas porque poderia ter sido evitado se tivessem informado a população que colocassem panos molhados sobre o rosto. Não, eles não fizeram isto. E não, não cuidaram das vítimas sobreviventes, que até hoje sofrem as consequências e muitas crianças ainda nascem com deficiências e síndromes raras.Confesso que nos primeiros capítulos cheguei a perder o sono, pois as informações contidas nele revelam um descaso sem precedentes pelo ser humano e principalmente pelos recursos naturais, com foco somente nos lucros. O que importa é o dinheiro, apenas isso. E estamos falando de milhões, bilhões. E quem fica sempre no prejuízo é a natureza, nosso planeta Terra, o único que temos. A ganância do homem chega ao ponto de colocar em risco a saúde de pessoas (eu, você e principalmente àqueles que vivem abaixo da linha da pobreza). Desta forma, fica normal e todo mundo finge que não vê e não se importa com o despejo de metais, ácidos, venenos em nossa água, a pouca água potável que a Terra dispõe. A água que consiste no elemento vital para a vida no Planeta. Recomendo que se tiver interesse leia este livro excepcional. Que possamos refletir antes de adquirir mais Coisas e entender que aquele smartphone que ficou ultrapassado em apenas 6 meses (ou menos) possui em seu interior metais que  custaram a vida de seres humanos e um prejuízo incalculável à natureza.

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