Somos escravos do sistema?

Fim das férias e o retorno à rotina



Hoje voltei ao trabalho após duas semanas de férias. Pode até parecer pouco, mas tive tempo de fazer inúmeras coisas que não consigo quando estou trabalhando. Cuidei da casa, fiz um pão delicioso que aprendi aqui ó, fiz um bolo fofinho usando açúcar mascavo, fiz pasteis pela primeira vez e ficaram sequinhos e crocantes (apesar de nada saudáveis), cuidei das plantas, reproduzi mudas, pude passar um tempo gostoso com minhas pets, eu e C. passamos bastante tempo dentro da piscina, renovei alguns itens de casa (falarei mais em outro post). Dormi bastante. Vi o sol nascer, a lua brilhar na escuridão, a chuva correndo pela janela, e agradeci. Descansei o esqueleto e a alma, revigorei as energias. Outro dia eu li este post aqui da Yuca ( do blog Viver Sem Pressa, espia lá) que me fez refletir ainda mais,  no qual ela relata que a licença maternidade a fez perceber como ela e todos que trabalham fora se tornaram escravos do sistema. Se pararmos pra pensar, ficamos presos em média 10 horas por dia ao trabalho, contando locomoção e o almoço que quase temos que engolir. Eu sempre almoço em casa, mas o tempo é suficiente apenas para comer, a louça sempre fica para ser lavada a tarde, quando já tenho que preparar o jantar para que eu e o C. tenhamos almoço no dia seguinte, quando vejo já era de dormir. A vida vira uma correria e o estresse não demora a chegar. Isso foi um dos motivos que me levaram a procurar por alternativas que simplificassem a vida. Ao longo dos anos fiz inúmeros destralhamentos em casa e muita coisa foi doada ou para o lixo. Passei a refletir mais antes de comprar, porque o choque em relação ao dinheiro gasto, quando somamos o valor de tudo que não usamos, assusta. Bate uma deprê quando percebemos que aquele monte de dinheiro gasto em tralha poderia ter sido usado em uma porção de experiências que só acrescentariam em nossas vidas, como conhecer um lugar bonito, comer num restaurante maravilhoso, assistir o filme que estava passando no cinema, e a lista é infinita. Aí a mídia tenta nos convencer a todo momento que precisamos de inúmeras coisas para sermos felizes, e então trabalhamos como loucos para pagar pelas coisas e no final das contas, ficamos como ratinhos correndo atrás do queijo, num círculo intermitente. Já que a maioria de nós, que trabalhamos em empregos formais e com horário fixo, acabamos tendo que dedicar várias horas de nossa vida nisto, que a remuneração por tantas horas presos num mesmo lugar e fazendo as mesmas coisas sempre, seja usada naquilo que nos traga felicidade e nos proporcione experiências incríveis, porque é como um amigo sempre diz "o que se leva desta vida é a vida que se leva". Minha caminhada na simplicidade apenas começou, às vezes ainda me perco no caminho, mas os primeiros passos foram dados. Se tiver sugestões de como simplificar a vida quando trabalhamos fora, deixe um comentário! 

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