O que achei do livro A Mágica da Arrumação, da Marie Kondo
Terminei de ler o livro A Mágica da Arrumação, da japonesa
Marie Kondo. Concordei com algumas coisas escritas lá, com outras nem tanto,
como todo santo dia chegar em casa e esvaziar a bolsa e guardar cada objeto em
seu devido lugar e no dia seguinte colocá-los lá dentro de novo. Entendo que
ela tem o dom da organização (ou mania, TOC, seja lá o que for) desde os cinco
anos, mas simplesmente não dá pra nos livrarmos de tudo aquilo que não nos dá
alegria. Ao menos não de uma só vez. No entanto, concordo com diversos outros
pontos abordados ao longo do livro e admiro a forma como ela chegou ao método,
o aperfeiçoando sempre de modo a transformar lares repletos de tralha, a ponto de
não se enxergar o chão. O mais interessante é que ela não dá o peixe, mas
ensina a pescar. Ela vai até as casas e não sai jogando as coisas fora e
organizando, mas instruiu o dono da casa a perceber o que deve ser mantido ou
não. O diferencial é que ela pede para que a pessoa toque no objeto e se pergunte
se aquilo traz alegria ou não, e orienta a jogar fora tudo o que não trouxer
alegria. Taí um ponto que acho simplista demais, mas entendo. O correto, a meu
ver, seria encontrar um destino adequado para os diversos sacos de tralha, até
mesmo para quem acumulou tantas coisas ter mais consciência nas próximas
compras. Mas entendo que ela, como uma profissional que tem até lista de espera
de clientes, não tenha tempo para pensar no destino de tanta coisa acumulada.
Outro ponto interessante do método é que ela orienta a destralhar tudo de uma só vez, separando por categoria, sendo roupas a primeira delas e deixando por
último as coisas que possuem valor sentimental, como lembranças, fotografias,
livros. Se for uma casa relativamente pequena, ok. Mas e em um lugar com muita,
mas muita tralha, como desapegar de tudo em um dia? Talvez aí é que esteja a grande
sacada de lançar fora, de modo a não termos tanto tempo de voltar atrás e
resgatar coisas. Quantas vezes separei algumas roupas para doação, por exemplo,
e se a sacola ficava em casa eu ia tirando de lá coisas que poderiam
ser usadas um dia e tudo voltava para o guarda roupa e ficavam lá, pobrezinhas, aguardando o dia (que nunca chegava) em que seriam usadas.
Também discordo com relação ao destino dado aos documentos. Ela não gosta de organizar papeis e diz que se
um dia precisarmos de algum documento jogado fora, ao menos não precisaremos
procurar por ele, pois sabemos que ele não está lá e aí e é tentar encontrar uma forma de resolver o problema. Isso não é tão simples
assim. Outra coisa que ela ensina é a dobrar tudo em forma de retângulo e guardar em pé nas gavetas, assim ganha-se espaço e sabemos exatamente tudo o que temos, além do que, ao retirar uma peça, não bagunçamos as demais, pois não estão empilhadas. Ela diz que só se pendura as roupas que ficam alegres penduradas, como as feitas de tecido levinho que voam com a brisa.Fica assim ó:
Ela também diz que muita coisa positiva mudou na vida de seus clientes após a organização dos ambientes, pois organizando o espaço externo, organiza-se o que há interno.
Mas de forma geral, a leitura é agradável e a lição que fica é a de mantermos a casa (e a vida) longe das tralhas e deixarmos somente aquilo que amamos e nos traz alegria.
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